O que são os sonhos, afinal?
Simples aventuras do nosso subconsciente? Vontades, desejos escondidos? Visitas ao nosso passado? Premonições? Não sei. Ninguém sabe. De facto, e apesar dos vários avanços da Ciência nesta área, ainda não há sequer uma definição biológica aceite universalmente para este fenómeno muito comum mas, ao mesmo tempo, tão misterioso.
Muitas são as teorias científicas que tentam explicar os sonhos de um ponto de vista neurobiológico. Contudo, são também várias as crenças religiosas associadas ao acto de sonhar. Pode dizer-se, portanto, que esta é mais uma área em que a Ciência e a Religião (seja ela qual for) entram em conflito.
Como já referi, os sonhos estão longe de ser totalmente compreendidos pela Ciência. Todavia, há certos aspectos associados a este fenómeno natural que, actualmente, o saber científico dá como garantidos. Eis alguns deles:
- Toda a gente sonha. Mesmo os indivíduos que nascem cegos são capazes de sonhar: apesar de não conseguirem construir imagens, pensa-se que os seus sonhos são igualmente vívidos, envolvendo outras sensações como o cheiro, o som, o toque e as próprias emoções. Além disso, presume-se que os fetos, no útero da mãe, são igualmente capazes de sonhar.
- Cinco minutos depois de acordarmos, já nos esquecemos de metade do conteúdo do sonho que tivemos nessa noite; 10 minutos depois, o nível de esquecimento sobe para 90%.
- O acto de sonhar previne fenómenos de psicose.
- Apenas sonhamos com o que conhecemos. Este facto aplica-se tanto a lugares como a pessoas. As caras dos estranhos que muitas vezes aparecem nos nossos sonhos não são inventadas: na verdade, são caras de pessoas reais que vimos no decorrer da nossa vida.
- Nem toda a gente sonha “a cores”. De facto, pensa-se que cerca de 19% das pessoas sonha apenas “a preto e branco”.
- Estímulos externos são, de certa forma, incorporados nos nossos sonhos: sons, o toque de algo ou alguém, ou até sensações como a sede ou a fome.
- Enquanto dormimos, o nosso corpo encontra-se como que paralisado, de modo a evitar que “vivamos” um sonho como se da realidade se tratasse. Pensa-se que os neurónios enviam sinais à medula espinal, com o intuito de levar ao relaxamento do corpo e, eventualmente, a uma virtual paralisia.
- Se estivermos a ressonar, é certo que não estamos a sonhar.
A nível pessoal, posso dizer que os meus sonhos são, na realidade, repletos de situações ridículas e factos estúpidos. Muito frequentemente, o meu bonito cérebro arranja maneira de, no mesmo sonho, juntar duas pessoas que eu conheço mas que não se conhecem entre si.
Um exemplo? O meu tio Quico, irmão da minha avó materna, a confraternizar alegremente com a minha professora de Moral do 5º ano, cujo nome nem me recordo. Isto é verídico!
Gostaria de ver a Ciência ou a Religião a explicar este sonho!
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